terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tô chegando.

Alô, alô.
Estou dando inicio ao que vou chamar
de ponto de encontro entre os amigos.
Como todos bem sabem,
sou comunicador do Sistema Globo de Rádio
e apaixonado pelo este meu país e sua gente.
Vou comentar aqui com vocês, sobre as fatos,
casos e causos desta terra tão inspiradora
onde qualquer um de qualquer patria,
chega arma sua barraca e ainda reclama
do calor ou da chuva,
quando não fala mal da educação dessa gente
que somos nos.
Uma mistura tão bem feita pelo criador,
repito tão bem feita que nós damos ao luxo de ter negos,
brancos, amarelos, mulatos, marons e até indefindos,
torcendo pelo mesmo club e a mesma escola de samba.
Que país é este meu cumpadre?
A pergunta acima eu ouvi de um marinheiro cubano
em janeiro de 1980, quando a Praça Mauá
ainda fervilhava vinte e quatro horas,
com suas boites seu cafetões e as meninas,
muitas já avós mas tentando arrancar uns trocados
dos marinheiros dos varios navios que aportavam por alí.
A região mudava de côr e ritimo quando alguém avisava!
Hoje é dia de Índio!
Na boca miuda a mensagem circulava
por entre as mesas das boites e pelos becos da Praça Mauá.
O mêdo tomava seu posto e transformava as bocas
pintadas de um vermelho que só as meninas
conseguiam com seus batões, num misto de pavor e desejo,
com o cheiro de suor e perfume barato,
rogando que fosse somente boato.
Índio, um policial lotado na famosa Primeira Delegacia
vez por outra cobrava postura das meninas e seus cafetões,
além de botar pra casa os aventureiros de primeira viagem
ao paraiso que foi aquela região.
Desde os tempos do velho Zica
e dos grandes shows da Rádio Nacional,
onde eu trabalhei de 1997 até 1983,
apresentando o Madrugada Nacinal,
frequentado por Roberto Ribeiro, Alcione,
Padeirinho da Mangueira, Aniceto do Império,
Monarco da Portela e tantos outros
de tantas histórias que vou contar aqui.
A Praça Mauá depois que as atividades do caís
foram transferidas para o porto de Itaguaí,
virou apenas e tão somente local de passagem
em direção ao suburbio, com um terminal de ônibus
onde outrora funcionou a principal rodoviária da cidade
A Mariano Prócopio.
Hoje as meninas ainda circulam por lá
mas é um outro tempo com suas outras histórias.
O índio é hoje o meu cumpadre Índio,
com quem as vezes troco um dedo de prosa
sobre as coisas da cidade maravilhosa.
Espero sempre te econtrar por aqui.

Jorge Luiz.

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