quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A saude publica, como vai?










Quem prestar o mínimo de atenção ao noticiário,
vai perceber que a cada dia o caos na saúde publica
é uma realidade que salta aos nossos olhos.
São pessoas das mais diversas camadas da sociedade
que não podem arcar com os custos, altos custos,
de um plano de saúde, que muitas das vezes na hora em
que é acionado não cobre a doença qual o segurado
ou associado é acometido.
A justiça atualmente é a única saída para muitos dos
que passam anos pagando, as vezes sem utilizar, planos
que não custam menos que 300 reais por pessoa.
E se for maior de 60 anos aí é que a porca torce o rabo,
como dizia minha saudosa parteira, Dona Ambrosina,
que me trouxe ao mundo e me foi parceira e amiga
até o fim dos seus dias.
Acompanhando de perto a atuação da ANS, quanto aos
planos de saúde e observando a morte da saúde publica
em todo o país, me veio a lembrança as senhoras rezadeiras.
Como essas mulheres, muitas mal sabendo escrever o nome
que dirá ler, tinham o poder de com alguns galhos de ervas,
curar pessoas, com dedos destroncados, vento virado,
mau olhado, espinhela caida, entre tantas e tantas
situações, que com o passar dos tempos as soluções são
buscadas nas emergências dos hospitais.
Outro dia conversado com um amigo médico, ele me disse
que mais de 50% dos casos que chegam em suas mãos nas
emergências dos hospitais publicos têm como principio
ou a fome ou a solidão.
Os outros são vitimas de acidentes de transito e do
uso abusivo de drogas, sendo que por volta de no
maximo 10% precisam de um especialista.
Será que a velha rezadeira vai ter que voltar para
desafogar as emergências dos hospitais públicos?
Se não me falha a memória ela também cumpria a função
de ouvir e aconselhar as pessoas que enfrentavam
suas crises conjugais, existências e muitas das vezes
financeira, sugerindo uma opção, principalmente à mulher
de como trabalhar para ajudar a não faltar comida em casa.
Eu não estou querendo acabar com os terapeutas, psiquiatras,
psicólogos, setores da medicina onde já estão sobrando
vagas nas universidades,entre outros, mas sim tentando
entender que se ontem deu certo, porque também não hoje?
Ainda me recordo de algumas palavras de outras parteiras
e benzedeiras como a tia Carmelita "Mãe Itá" irmã de meu avô,
que com suas orações e galhos de ervas,curavam ou provocavam
no necessitado o exercício da fé.
-Eu te rezo em nome de Deus e dos anjos do senhor,
que a tua dor e o teu sofrimento desapareçam no vento
que as trouxe e que seus caminhos sejam livres e de vencedor
como a fé que tu tens.
Em nome do pai do filho e do espírito santo amém.
Gente, será que a volta das rezadeiras ou benzedeiras será
a solução para a saúde do país?
Vejam as igrejas evangélicas o que estão fazendo!
Vejam os novos padres da chamada corrente carismática!
E a fitoterapia (lojas em cada esquina do país)
com suas ervas, as mesmas usadas pelas
rezadeiras, parteiras e benzedeiras de ontem!
É! Será que vamos ter faculdades ou universidades para
rezadeiras, parteiras e benzedeiras?
Acho que não. Isso é dom, que vem do criador e
está em cada um de nos. É a fé, é acreditar.