sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Valeu Zumbi!







SERRA DA BARRIGA.
Alagoas.
Região do quilombo do Palmares.

É minha gente, o tempo passou.
Passou como o vento,como a tempestade.
Passou como revoada de passaros que
migram de um lado para o outro,em busca
de alimentos.
O tempo passou mas sua marca está
em cada um de nós, brasileiros que
construimos este país.
É uma marca que está na alma.
Quando aqui chegou Cabral, quem
remou suas caravelas?
Os mesmos homens da pele queimada do sol
que já comerciavam seus produtos, com
os nativos da costa da Bahia,
criando a primeira e famosa rota de comércio
Luanda-Bahia, até hoje em atividade.
Segundo a história que não é contada,
foi por avistar os negros nas embarcações
que os portugueses foram bem recebidos
pelos Pataxós da região de Porto Seguro.
Zumbi, Cangazumba e outros homens, vindos
de além mar, criaram suas cidades chamadas
Quilombos, não tão somente para os negros
mas para todos os oprimidos e perseguidos.
Foi em terras da Santa Cruz o primeiro
movimento de igualdade social.
Agora no processo de resgate histórico,
vamos pouco a pouco desvendando a nossa
verdadeira história,como por exemplo
dos nossos ancestrais, que podem ter sido
guerreiros da rainha Ginga.
Ela é hoje reconhecida e estudada,
como a Grande Mãe da nação Angola.
Seu poder de comando fez a resistência
do povo angolano ao invasor português.
Parte dos seus guerreiros quando capturados,
foram separados e enviados pelos escravagistas para
varias regiões do Brasil,somente assim não
poderiam se reagrupar e voltar a formar
o mais temido exercito africano"Os Gingas"
Uma parte foi desembarcada na região canavieira
de Campos do Goitacazes, origem da minha
familia paterna.
Somente com a saída de Zumbi das sombras
dos livros escolares, onde sua saga aparecia
como ficção, é que tivemos a oportunidade
de saber que não somos a escoria do mundo
e sim temos identidade, temos história
e estamos fazendo história ao construir
este país chamado Brasil!









ZUMBI DOS PALMARES.

Valeu Zumbi, valeu Zumbi.
Sem você não teriamos visibilidade.

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