terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu sou como as estrelas.

As vezes fico aqui com os meus botões imaginado
como viveriam nos dias de hoje os poetas,seresteiros
e menestréis de meados do século passado.
Lá os idosos e crianças recebiam o mesmo tratamento,
malandros respeitavam os religiosos a policia e as
chamadas pessoas de bem. Mas se misturavam e sorviam
a alegria da poesia e da boa musica, além de às escondidas
visitarem os chamados intelectuais para um dedo de
prosa ou entregar uma caixa de Havana ou alguns
litros do mais puro escocês.
A verdade é como dizem os jovens nos dias de hoje,
cada um vivia no seu quadrado, respeitando os limites
do outro.
Hoje estamos vendo coisas que fazem arrepiar os cabelos
de um careca (Essa é do século passado).
Outro dia mostrei a letra de uma musica que estou
compondo para algumas pessoas e disse que pertencia
não a mim mas um certo compositor de grande nome
dos anos 1950.Foram unanimes em dizer que a obra tinha
o seu valor, uma pureza, um primôr e etc e tal.
Passados alguns minutos eu lhes mostrei o registro da mesma
e lá estava o meu nome como autor, foi um escândalo!
Como, você vai roubar a musica?
Expliquei, com detalhes, que na verdade eu há estava compondo
e aí foi um silêncio e troca de olhares duvidando das minhas palavras.
Olhares que me fizeram entender o quanto seria dificil os
revenrenciados grandes nomes da musica, poesia e até bohemia
do passado, viverem no dias de hoje. Seria um tal de torcer o nariz
como ninguém jamais viu.
Pergunto e gostaria de receber resposta.
Quem tem o direito de julgar a capacidade do outro?
os que têm os seus diplomas, doutorados, mestrados, cor da pele
e sexo diferentes. Ou todos nos temos o mesmo direito de viver
a vida que nós foi dado pelo criador, cada um ao seu modo?
Não sou e nem pretendo ser um Cartola, Pixinguinha,
Orestes Barbosa, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito,
Silas de Oliveira, Candeia,Dolores Duran, Jobim,
Jonny Alf, mas quero ter o direito de escrever
fazer musica e não ser vitima do mal que está
destruindo a humanidade.O preconceito aos diferentes,
ao novo e aos que ainda buscam inspiração
em fatos e coisas importantes para a evolução do ser
humano nascido neste ou em outro século.
Quando vamos ter a coragem de reconhecer no pedreiro o talento,
no carpiteiro o dom, na pessoa que nos serve o amor pelo
que faz e em nós a mesma composição de ossos, sangue,
carne, musculos e etc que é o ser humano?
Quando vamos entender que o sentimento de respeito
pelo quadrado do outro, foi o que nos legou obras
tão importantes dos poetas, musicos e compositores
do século passado.
Estamos invadindo o quadrado do outro e sufocando
os seus e os nossos melhores momentos.
Precisamos rasgar de uma vêz por todas
a mascara do preconceito.
Que cada viva o seu e respeite o quadrado do outro.

(Parte da letra da minha musica)

Eu sou como as estrelas
volto pra casa quando o sol acordar
E antes que ele aqueça
Uma saídeira pra conta fechar

Não venha me dizer que não sou feliz
A vida me deu tudo que eu sempre quís
Uma mariposa como companheira
um poeta pra saídeira
Em harmonia perfeita até o sol acordar.

2 comentários:

Maria Luiza disse...

Que difícil a resposta pra sua pergunta...Parece tão complexa que jamais caberia no espaço dum simples comentário. E precisava de alguém com a mesma dimensão do seu discernimento e do seu profundo sentimento para responder. O que, definitivamente ñ é o caso desta sua modesta ouvinte-leitora.Pre conceito? Pessoas valendo-se de títulos pra julgar outras? Superioridade na comparação de épocas diversas? Perplexidade na constatação dum talento e duma inspiração? Queria ter o dom da síntese e da análise pra poder acompanhar você.Mas dizer que a música tem a sua cara, isso eu posso.E pedir mil desculpas por esquecer os limites do meu quadrado e ir invadindo o seu, também posso. E ter certeza que as centenas de leitores do seu blog vão responder com toda a sabedoria que eu não tenho, também posso!

Alessandro Lima disse...

Minha mãe ouvia seu programa e gostava desta canção, onde posso consegui la ?