sexta-feira, 13 de março de 2009

São as águas de março..









Nos últimos dias não tenho tido tempo de parar
na frente do computador para escrever.
A missão que me foi dado na rádio, tem ocupado
meu tempo e eu não gosto de escrever aqui no
blog, somente para me fazer presente.
Eu escrevo o que gosto e como sei escrever.
Lá fora um forte temporal, marcando a despedida
do verão me leva a ouvir pelos cantos de minha
sala de trabalho, aqui no quarto andar da rua
do Russel 434, famoso endereço da do Sistema
Globo de Rádio do Rio, a vôz da pimentinha Elís Regina,
na canção de Antônio Carlos Jobim.
É, são as águas março fechando o verão, são promessas
de vida no meu coração!
Sabemos que ele compos a musica, equanto costruia sua
casa em São José do Vale do Rio Preto, então distrito de
Petropolis, hoje uma cidade.
Realmente as águas de março, conseguem relizar verdadeiros
milagres na terra e nós seres humanos. É como se a terra
fosse lavada, para receber a nova estação que anuncia
o aproximar-se das pessoas, em uma química que por mais
que se estude,somente o criador sabe explicar os motivos.
São homens e mulheres de todas as idades, buscando com o olhar
e o olfato o seu par.E ao encontrarem começa o cortejo que
cumina com o acasalamento nas bordas da primavera e durante
todo o inverno.
Para que tudo aconteça é preciso estar de alma e corpo
lavados pelas águas de março, mesmo que seja nas ruas,
avenidas ou marginais cobertas de água. Ou pelo guarda chuva
que teima em não abrir. Quem sabe num ato de retorno
a velha infância uma passeada sem pressa por essa chuva
que nos purifica o corpo e a alma.
É uma pena que muitos sofrem com as chuvas.Talvez por
medo dos erros que cometeram, constriuindo suas casas
em lugar de risco ou por não entenderem que bem material
a correnteza leva, já a vida precisa ter sintônia com
os desejos da natureza.
Que as águas de março transformem a sua vida, limpando,
energizando e apagando as tristezas e magoas.
Que a vida sorria pra você.
Namastê!


Um comentário:

Maria Luiza disse...

É inspiração demais: a do meu saudoso Tom Jobim, amigo e vizinho no Rio de Janeiro,(companhia preciosa na apaixonada contemplação do nosso amado Jardim Botânico em intermináveis caminhadas),e a sua, Jorge Luiz,trazendo aos seus leitores uma interpretação tão linda dos efeitos dessas águas purificadoras...Momento mágico e bonito, oásis de poesia no árido turbilhão de maldades,turbulências e crueldades que nos envolvem e tanto afetam.Obrigada. NAMASTÊ!!!