
Outro dia revendo algumas fotos fiz uma viagem
no tempo, recordando horas de felicidade que passei
ali no entorno da Igreja da Penha ao me deparar com a
foto aí postada.
Quando ainda na adolescência desejando descobrir
o mundo, fui apresentado a igreja e ao famoso parque
de diversões que funciona bem no portão principal.
Ali ouvi muitas vezes durante os festejos no mês de outubro
a garbosa Banda Musical Carlos Gomes, com os músicos
da minha Além Paraíba, tocando marchas e dobrados,
numa postura de reverencia ao monumento encravada lá no alto.
Muitas vezes subi os seus 365 degraus, aí já adulto, para
pedir ao criador usando a Nossa Senhora como
mensageira, o entendimento para os dias que
teria pela frente, numa vida que me anunciava
ser dura e com os seus mistérios a serem desvendados.
Me lembro que após o nascimento dos meus filhos
João e Jorge que inclusive ali foi batizado,
eu reunia seus amiguinhos e quinzenalmente
os levava para uma tarde no já então Parque Shangai.
Foi muito bom ver o brilho nos olhos das crianças,
hoje muitos já com seus filhos nos braços, quando
chegava a hora de aproveitar os brinquedos.
Também ajudei a divulgar a procissão de músicos
comandados pelo meu saudoso amigo Clovis do Violão
que fundou o Projeto Meu Cantinho, reunindo a garotada
do subúrbio da Leopoldina para aprender violão, cavaquinho
e outros instrumentos e que ainda hoje formam a orquestra
maravilhosa que no mês de outubro desfila saindo da rua Indígena
na Circular da Penha até a igreja, tocando em louvor a santa.
Voltando aos dias de hoje, desejo que a liberdade
volte a reinar nas imediações, permitindo
que as caravanas saídas de varias partes
do país venham para orar e pedir que a paz
seja eterna, entre os que acreditam nela.
Que nossa senhora do alto da Penha, leve ao criador
nossa mensagem e tenha lá entre os seus preferidos
pessoas como o Clovis do Violão
entre tantos que não se deixaram intimidar
pela violência e seguiram no seu destino de cultuar
e divulgar a Nossa Senha da Penha.